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MINHA 1ª BALADA GAY!

Em uma das temporadas em SP fui a uma casa noturna ao lado de outros GP’s muito bacanas, voltada pro público LGBT. Não achei tão diferente de uma casa hétero: a principal diferença é a liberdade pra ficar sem camisa e beijar alguém do mesmo sexo, sem medo de recriminação (só vi um casal hétero). Muitos homens exibiam o corpão enquanto dançavam; em cada canto os caras se pegavam, e algumas meninas faziam o mesmo.

A música era eletrônica, com ênfase na Lady Gaga. Muitos eram efeminados, dançando com todos os trejeitos, desmunhecando e se requebrando. Mas a maioria dos homens não era assim, e poderia estar numa balada hétero sem levantar suspeitas.

Num pequenino palco decorado em comemoração à chegada da primavera, alguns gogo boys dançavam aparentando ser gays (vestiam sunga rosa e faziam movimentos suspeitos), ao lado de algumas mulheres (ou travestis perfeitas), perto do DJ.

Foi uma experiência interessante, sem dúvida; uma noite gostosa, mas nada extraordinário. Pode ser que eu volte, pode ser que não (dependerá da situação). Curti mais por estar com companheiros de profissão.

“Pegou alguém?”, estão se perguntando. Não, não peguei – enquanto pessoa sou muito diferente de como sou enquanto GP, gente. Gosto demais do que faço, mas meu trabalho de GP não é uma extensão da vida pessoal; uma coisa não reflete a outra.

Curto ser a mercadoria de quem me procura, num contexto de putaria. Mas quando não estou em serviço, meu estilo é outro... Ou vocês já viram o Peter Parker ficar escalando prédios quando não está como Homem-Aranha?

Tritani GP.

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